A sobrevivência e a subserviência

Considere-se preso
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De maioria eleita no último pleito é quase nula a oposição na Câmara de Ilhéus. Conta-se nos dedos de uma só mão, o que restou dela. E ainda tem gente para abandonar o que ainda resta. A pobreza maior desse processo é que, na maioria das vezes, os vereadores usam como justificativa para a mudança o fato de que necessitam sobreviver politicamente no exercício do mandato. E o que seria, de fato, isso? Receber cargos? Indicar parentes? Alojar correligionários de campanha?

Na política, senhores, é possível sobreviver politicamente sem precisar se agachar aos pés do comandante ou chorar ao pé do caboclo. É possível sobreviver politicamente fazendo... política. Mais do que isso: quando o vereador se comporta como um agente crítico da condução de um governo, ele contribui muito com quem o ajudou a se eleger: a população, verdadeira dona do seu mandato.

A sobrevivência individual dos vereadores, que se desenha na Câmara de Ilhéus, nada mais é do que a morte anunciada de um Poder que tem a finalidade de fiscalizar os atos do Executivo.

E com independência.

O que se vê hoje, antes mesmo de começar o mandato, é que o poder está sob profunda observação da sociedade.

Os seus integrantes, devem sobreviver.

E a cidade...

Bem, pelo jeito, esta é a que menos importa.